Grandes primatas

Orangotangos

Uma vida que preza a individualidade

Se fôssemos comparar comportamentos humanos aos dos demais grandes primatas seria fácil identificar os orangotangos como os representantes do moderno e cada vez mais freqüente “estilo de viver bem e só”. Machos e fêmeas costumam se unir apenas na época da reprodução. As mães cuidam de seus filhotes sozinhas até eles atingirem a maturidade. Estes, por sua vez, assim que se sentem mais seguros, embrenham-se sozinhos pelas florestas em busca de uma vida independente.

Nessas rápidas relações sexuais, sem qualquer comprometimento dos machos na criação dos filhos, no entanto, há um dado relevante. Estupros acontecem em todos os grupos de grandes primatas, mas no caso dos orangotangos as fêmeas são as únicas que resistem ao abuso sexual chegando a encarar uma luta corporal contra o macho. Nesse grupo são as fêmeas que escolhem os machos e não o contrário.

São também os orangotangos os “reis do artesanato”. Basta olhar para o alto das árvores de Sumatra e Bornéu para ver fabulosas “camas” suspensas. São feitas com um emaranhado de galhos e folhas e podem suportar até 100 quilos (peso aproximado de um macho). As camas são feitas todo final de tarde conforme o indivíduo percorre a mata em busca de um novo lugar para seu descanso. Os orangotangos compartilham 96,3% do DNA humano.

Reflita sobre esse exemplo

Chantek é um orangotango que vive no zôo de Atlanta e que utiliza cerca de 200 sinais para se comunicar com os humanos. Ele responde perguntas faladas de seus tratores com a linguagem de sinais e também diz o quer como alguma espécie de comida ou de entretenimento, por exemplo: ele adora montar quebra-cabeças.
(Fátima Chuecco – jornalista ambientalista)